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As Glórias de Śrīla Lokanātha Gosvāmī

Dandavats Pranamas! Dia 07 de agosto é a data do Divino Desaparecimento de Śrīla Lokanātha dasa Gosvāmī! A seguir, apresentamos a doce história de como Srila Narottama dasa Thakura tornou-se o único discípulo de Srila Lokanātha Gosvāmī, através de sua humildade, seu serviço puro e plena rendição! Esse texto foi extraído de uma pequena biografia, escrita por Srila Bhakti Ballabha Tirtha Gosvami Maharaja, o querido irmão espiritual de Srila Gurudeva.

Srila Lokanatha dasa Gosvami em seu bhajana-kutira, Vrindavana.

Lokanatha Gosvami constantemente viajava por toda Vraja, extaticamente, visitando os diversos lugares sagrados onde Krisna havia realizado Seus passatempos. Certa vez, chegou a Khadiravana. Em seguida, ele visitou Kishori Kunda perto da aldeia de Umarao em Chatravana. Ele ficou tão impressionado com a beleza do local que se isolou lá por algum tempo, realizando seu bhajana, após o que desenvolveu um profundo desejo de adorar Radha e Krisna na forma de uma Deidade.

O Senhor conhece os desejos de seus devotos e sente-se obrigado a realizá-los. Ele veio pessoalmente para dar a Lokanatha uma deidade, dizendo-lhe que se chamava Radha Vinoda, e depois desapareceu. Lokanatha ficou maravilhado ao ver a Deidade e repleto de ansiedade pensando no fato do próprio Senhor ter vindo. A deidade de Radha Vinoda lançou Seu doce olhar para Lokanatha e lhe disse: “Eu moro aqui, nas margens do Kisori Kunda. Eu vi sua avidez em servir-me, então eu pessoalmente me manifestei neste local. Quem mais teria me trazido a você? Estou com muita fome! Rápido, prepare algo para eu comer!”

Deidade de Radha-Vinoda

Quando ouviu essas palavras, lágrimas começaram a fluir dos olhos de Lokanatha. Ele rapidamente começou a cozinhar para Radha Vinoda, em seguida fez sua oferenda, e a Deidade comeu com grande satisfação! Ele, então, preparou-lhe uma cama de flores sobre a qual O colocou, abanou-O com ramos de flores e alegremente massageava seus pés! Lokanatha dedicou-se de corpo, mente e alma à Radha Vinoda. Ele se questionava onde manteria a Deidade, e decidiu fazer uma grande sacola, que se tornou o templo de Radha Vinoda. Ele mantinha seu Senhor adorável constantemente perto de seu coração, como se fosse um colar. Isso atraia o povo de Vraja para Lokanatha, e eles queriam construir uma casa para ele e sua deidade, mas ele recusou. Ele era tão renunciado que não aceitava nada além do que era absolutamente necessário para o serviço da Deidade.

Narottama Das torna-se discípulo de Lokanatha

Depois de passar algum tempo no Kishori Kunda, Lokanatha foi para Vrindavana. Ele veio a saber que Rupa e Sanatana tinham deixado Seus passatempos deste mundo, e lamentou o falecimento em profunda tristeza. Por volta desse período, Narottama Das, que era o filho do Raja Krishnananda Datta de Gopalpura em Rajsahi (agora em Bangla Desh), chegou em Vrindavana e o encontrou lá. Quando Mahaprabhu disse a Nityananda para ir para Puri, ele chorou de êxtase, e isso ocorreu em um local às margens do rio Padmavati, que agora é conhecido como Prematila. Mahaprabhu enterrou Seu amor neste local para benefício futuro de Narottama. Tempos depois, quando Narottama banhou-se naquele ponto do rio, ele foi imediatamente arrebatado com amor divino e decidiu cortar todos os laços familiares e ir para Vrindavana.

Kisori-Kunda

Após Sua chegada em Vraja, Narottama encontrou Lokanatha, e recebeu uma misericórdia especial dele, vindo a tornar-se Seu único discípulo. Lokanatha era extremamente renunciado e tinha feito um voto de não receber nenhum discípulo. Narottama Das também fez um voto: não receber iniciação de ninguém além de Lokanatha. Narottama pediu repetidamente a Lokanatha para dar-lhe iniciação, mas Lokanatha era firme em sua recusa. Com a finalidade de ganhar seu favor, Narottama vinha no meio da noite limpar o lugar onde Lokanatha usava como banheiro. Lokanatha estava tão surpreso ao ver que o local estava sendo limpo, que ficou curioso para saber quem o fazia. Certa noite, ele se escondeu lá, cantando japa por toda a noite, a espera do benfeitor anônimo. À meia-noite, ele percebeu que havia alguém fazendo a limpeza do local e perguntou-lhe quem era.

Bhajana-kutira em Vrindavana

Quando ele descobriu que era Narottama, o filho de um rei, que estava desempenhando uma tarefa inferior, ele se sentiu acanhado e perguntou qual era o seu propósito. Narottama imediatamente começou a chorar. Ele caiu aos pés de Lokanātha e disse: “Minha vida é inútil, a menos que eu receba tua misericórdia.” Quando Lokanatha viu a humildade e profunda dor de Narottama, sua determinação em nunca dar nenhuma iniciação foi amaciada, e ele então decidiu lhe dar os mantras.

Este é um exemplo perfeito de como se pode conquistar a Deidade adorável através de um serviço honesto e desinteressado. Narottama Das recebeu iniciação de Lokanatha no dia da lua cheia do mês de Shravan. Lokanatha e Narottama desempenharam este passatempo para mostrar ao mundo inteiro o valor do serviço desinteressado e sincero, mas especialmente para o povo do norte da Bengala. Lokanatha era um Vaisnava muito renunciado, mas ele via em Narotama alguém que não apenas tinha cultura, mas um entusiasmo e gosto em lidar com pessoas. Como resultado, ele pediu-lhe para voltar para sua terra natal e pregar a consciência de Krisna.

Samadhi de Lokanatha Gosvami em Vrindavana.


Quando alguém se refugia por completo no Senhor Supremo e está situado na plataforma transcendental do serviço pleno ao Senhor, então em geral, não se tem entusiasmo para desempenhar atividades para o bem-estar das pessoas na plataforma corpórea. Quando um devoto vai contra este princípio, tais atividades aumentam o prestígio de tal pessoa. Por ordem de seu mestre espiritual, Narottama retornou ao norte de Bengala e começou a pregar o serviço devocional puro, e assim libertou o povo desse país. Em sua coleção de canções conhecidas como Prarthana, Narottama Das Thakura escreveu:

“Depois de padecer intensa tristeza, oh Senhor, você me trouxe para Vraja, puxando-me pela corda da misericórdia amarrada em volta do meu pescoço. Maya e o destino me forçaram a voltar para o poço da existência material, afrouxando a corda da misericórdia.”

Lokanatha Gosvami deixou este mundo em algum lugar por volta de 1510 de Shaka (1588-9 AD), no mês de Ashar, no oitavo dia da lua cheia. Seu samadhi encontra-se no Templo de Radha Gokulananda, em Vrindavan. Sua Deidade Radha Vinoda também está sendo servida neste mesmo templo.

Sri Caitanya: Sua Vida e Associados
Srila Bhakti Ballabha Tirtha Gosvami Maharaja

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