Esta floresta é chamada Baelvana porque, durante os passatempos manifestos de Krsna, existia uma abundância de árvores bael (bilva) aqui. Enquanto pastoreava as vacas nesta mais encantadora e agradável floresta, Sri Krsna e seus sakhas praticaram diferentes tipos de esportes e saborearam as frutas bael amadurecidas. Isto é descrito no Bhakti-ratnakara:
ramakrsna sakha saha e bilvavanete
pakka bilvaphala bhunje mahakautukete
“Foi aqui que Rama, Krsna e seus sakhas saborearam as frutas bilva amadurecidas com grande alegria!”
Certa vez, Sri Laksmi ouviu a descrição da boca de Narada sobre a doce rasa-lila (dança das doçuras transcendentais) de Vrajendra- nandana Sri Krsna e a boa fortuna das gopis. Uma avidez para contemplar essa rasa-lila despertou em seu coração. Ninguém além das gopis tem a qualificação para entrar na rasa-lila, pois elas são o verdadeiro símbolo da devoção imaculada e prema puro. Só é possível entrar na rasa-lila recebendo a misericórdia de Srimati Radhika, a personificação de mahabhava e a joia preciosa entre todas as amadas de Krsna, e pela misericórdia de suas representantes, as gopis. Assim, pode-se entrar muito facilmente.
Para entrar na rasa-lila, Laksmi começou a praticar severas austeridades neste local, mas sem sucesso. Até hoje ela está realizando austeridades aqui com este desejo. No Srimad Bhagatam, as esposas da serpente Kaliya se referem a este passatempo em suas orações a Sri Krsna: “Bhagavan, nós somos incapazes de compreender que tipo de sadhana Kaliyanaga realizou para se tornar uma proprietária da poeira dos seus pés de lótus! É tão raro conquistar essa poeira, que mesmo sua esposa Sri Laksmi foi incapaz de obter isso, mesmo após abandonar todos os prazeres dos sentidos e praticar austeridades por um longo tempo de acordo com as regras e regulações prescritas.”
Bem próximo, estão o Krsna-kunda e um local de descanso (baithaka) de Sri Vallabhacarya. Existe também um templo de Sri Laksmi aqui.
Do livro Sri Vraja-mandala Parikrama
Por Srila Bhaktivedanta Narayana Gosvami Maharaja