“Nós devemos saber sobre Srila Raghunatha dasa Gosvami. Ele está na linha dos Rupanuga Vaisnavas, e ele é muito íntimo e querido de Srila Rupa Gosvami e todos os outros Vaisnavas.”
“Depois de alguns dias, Sri Caitanya Mahaprabhu desapareceu deste mundo, e logo depois Sri Gadadhara Pandita, Sri Svarupa Damodara e Sri Raya Ramananda desapareceram também. Raghunatha dasa começou a se lamentar devido a intensos sentimentos de separação, e decidiu abandonar sua vida, mas ele queria fazer isso em Vrndavana. Gradualmente, todos os Vaisnavas que estavam em Puri partiram depois que Caitanya Mahaprabhu desapareceu. Alguns voltaram para Mayapura Navadvipa, alguns para Vrndavana e outros lugares, e Puri tornou-se como uma cidade fantasma. Assim, ele queria morrer. Ele estava pensando: “Eu vou morrer em Vrndavana, pulando no Yamuna ou saltando da colina de Govardhana.” Mas, ele decidiu primeiro encontrar com Srila Rupa Gosvami e Srila Sanatana Gosvami, que eram como seus irmãos mais velhos ou pais. Ele sabia como Sri Caitanya Mahaprabhu honrava Srila Sanatana Gosvami, e sabia como ele tinha demonstrado tanto amor e afeição por Srila Rupa Gosvami.
Rupa Gosvami e Sanatana Goswami descobriram que Raghunatha dasa não estava se alimentando com nenhuma prasada, estando prestes a abandonar seu corpo, e assim eles o pacificaram: “Não se pode alcançar Krsna morrendo”, Sanatana Gosvami disse a ele. “Eu estava prestes a cometer suicídio, mas Mahaprabhu me impediu. Não faça isso. Esteja situado no Radha-kunda. Faremos uma cabana para você lá, e de vez em quando nós iremos vê-lo. Fique como você estava em Puri – em um lugar fixo – e faça seu sadhana-bhajana lá. Eles fizeram um lugar para ele, e Raghunatha dasa permanecia realizando bhajana vinte e quatro horas por dia. Pela manhã, chorando e se prostrando no chão, ele costumava oferecer mais de mil pranamas a todos os Vaisnavas e todos os lugares sagrados de Vrndavana, a Mãe Yasoda e Nanda Baba, e a todos os associados de Radhika, como: Lalita, Visakha, Citra, Campakalata e assim por diante.”
Srila Bhaktivedanta Narayana Gosvami Maharaja
Holanda, 11 de junho de 2003